Setor industrial do Rio Grande do Sul enfrenta graves consequências devido às enchentes, aponta reportagem da CNN Brasil
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Setor industrial do Rio Grande do Sul enfrenta graves consequências devido às enchentes, aponta reportagem da CNN Brasil
Impacto Econômico das Cheias no Rio Grande do Sul
A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) realizou uma análise preliminar que revelou os impactos econômicos decorrentes da recente catástrofe ambiental no estado. Segundo o estudo, as enchentes tiveram um impacto devastador, com perdas até o momento consideradas “inestimáveis”.
Os dados levantados mostram que os 447 municípios afetados pelas cheias correspondem a uma grande parcela da atividade industrial do estado, representando 95% dos estabelecimentos industriais, 96% dos empregos do setor, 97% das exportações da indústria de transformação e 97% da arrecadação de ICMS proveniente das atividades industriais.
As regiões mais prejudicadas pelas enchentes incluem os principais polos industriais do estado, como a Serra, conhecida pela fabricação de móveis e automóveis; o Vale dos Sinos, polo calçadista; o Vale do Rio Pardo, produtor de alimentos e tabaco; e a Região Metropolitana de Porto Alegre, onde se destacam a produção de alimentos e derivados do petróleo.
É importante ressaltar que os impactos completos do desastre ainda não foram totalmente mensurados, especialmente nas cidades da Zona Sul do Rio Grande do Sul, como Pelotas e Rio Grande, o que indica que o quadro atual pode se agravar ainda mais.
Chamado à Ação pela Fiergs
A Fiergs destaca a urgência na implementação do Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e Renda, que prevê medidas como o Benefício Emergencial (BEm), permitindo a suspensão temporária de contratos e a redução proporcional da jornada de trabalho e salário, semelhante ao ocorrido durante a pandemia de Covid-19.
O governo gaúcho disponibilizou um formulário para que empreendedores de todos os portes possam reportar os prejuízos causados pelas enchentes, visando obter informações que possam subsidiar a busca por recursos de apoio às empresas afetadas pela calamidade.
Os empresários são solicitados a fornecer detalhes como a identificação da empresa, ramo de atuação, estimativa dos danos financeiros e interesse em linhas de crédito para a recuperação dos negócios. Esses dados serão essenciais para que o governo tenha um panorama completo da situação e possa agir de forma eficaz.
A união de esforços e a colaboração entre instituições e empreendedores serão fundamentais para superar os desafios econômicos decorrentes das cheias e iniciar um processo de reconstrução no estado.
Conclusão
Diante do panorama alarmante apresentado pelo estudo da Fiergs, é evidente a necessidade de ações imediatas para minimizar os impactos das cheias no setor industrial do Rio Grande do Sul. A mobilização de recursos e a implementação de medidas emergenciais são cruciais para a recuperação econômica das regiões afetadas e a garantia de sustentabilidade para as empresas locais.