Congresso cria comissão para discutir mudanças climáticas em meio à tragédia no RS, anuncia CNN Brasil
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Congresso cria comissão para discutir mudanças climáticas em meio à tragédia no RS, anuncia CNN Brasil
Comissão Mista Permanente Sobre Mudanças Climáticas
Em meio aos últimos desdobramentos das fortes chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul, o Congresso Nacional se reúne nesta quarta-feira para a primeira sessão da Comissão Mista Permanente Sobre Mudanças Climáticas no ano de 2024. O foco da reunião será a instalação do colegiado, com a eleição de presidente, vice-presidente e relator. Em consideração à regra de alternância, um deputado assumirá a presidência, sucedendo o senador Humberto Costa, que liderou a comissão em 2023.
Criada em 2008, a Comissão tem como propósito acompanhar, monitorar e fiscalizar de forma contínua as ações relacionadas às mudanças climáticas no Brasil, conforme estabelecido na resolução que a instituiu na época.
Os estragos causados pelas chuvas são evidentes, com estádios alagados, o aeroporto de Porto Alegre sem operação até o final de maio e cidades literalmente desaparecendo em meio às inundações. As autoridades gaúchas confirmaram a trágica perda de pelo menos 95 vidas devido às adversidades causadas pelas tempestades.
Na terça-feira, o Senado declarou estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul, a fim de agilizar o repasse de recursos às áreas impactadas. De forma concomitante, membros da Frente Ambientalista do Congresso instaram por avanços nos projetos de combate às mudanças climáticas e solicitaram que os vetos presidenciais na pauta ambiental sejam mantidos.
Mobilização Parlamentar e Prevenção nas Cidades
Os representantes da Frente Ambientalista do Congresso estão empenhados em impulsionar propostas para enfrentar os desafios climáticos, incluindo o projeto apresentado pela deputada Tabata Amaral. A iniciativa propõe diretrizes para que os municípios estabeleçam planos de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas em suas localidades.
Tabata Amaral destacou a importância da necessidade de repensar ações nas cidades, reavaliando o planejamento urbano, alocação de recursos e construção de moradias. Segundo ela, a batalha contra as mudanças climáticas deve ser travada no nível local, onde a engenharia urbana precisa ser repensada para lidar com os impactos das mudanças climáticas.
A deputada ressaltou a relevância de uma abordagem mais proativa e preventiva por parte das prefeituras, visando minimizar os efeitos devastadores das intempéries climáticas. A necessidade de uma ação assertiva e coordenada em âmbito municipal foi enfatizada como estratégia essencial para enfrentar os desafios iminentes relacionados às mudanças do clima.
O engajamento da sociedade civil e dos governos locais se apresenta como um requisito fundamental para a implementação efetiva de medidas que visem a proteção do meio ambiente e a sustentabilidade das comunidades diante das mudanças climáticas em curso.
Conclusão
O momento atual, marcado pelas devastadoras consequências das chuvas no Rio Grande do Sul, reforça a urgência da atuação coletiva e política para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. A mobilização das esferas governamentais, aliada ao empenho da sociedade e de especialistas, é essencial para a implementação de estratégias de prevenção, mitigação e adaptação diante do cenário climático em mutação constante. É crucial que as ações tomadas hoje contribuam para um futuro mais sustentável e resiliente para as gerações futuras.
