Quase metade dos eleitores consideram votar em Lula caso Bolsonaro indique Tarcísio como candidato em 2026, aponta pesquisa da CNN Brasil
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Quase metade dos eleitores consideram votar em Lula caso Bolsonaro indique Tarcísio como candidato em 2026, aponta pesquisa da CNN Brasil
Preferências Eleitorais para a Eleição de 2026
Nova pesquisa de opinião revelou que, se Jair Bolsonaro escolhesse Tarcísio de Freitas como seu candidato presidencial para as eleições de 2026, 46% dos entrevistados votariam em Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro, por sua vez, está inelegível até 2030. O levantamento foi conduzido presencialmente, ouvindo 2045 pessoas maiores de 16 anos entre os dias 2 e 6 de maio, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e nível de confiabilidade de 95%.
Nas análises dos dados, destaca-se que eleitores que anularam o voto ou não votaram em 2022 mostraram preferência por Tarcísio em relação a Lula. Enquanto eleitores de Bolsonaro em 2022 tendem a apoiar Tarcísio, os partidários de Lula demonstram maior inclinação pelo ex-presidente petista.
No entanto, a pesquisa revela que, em caso de uma disputa entre Lula e Tarcísio em 2026, aqueles que avaliam regularmente a gestão de Lula tendem a apoiar o petista. Já os críticos do governo Lula são mais propensos a apoiar Tarcísio como candidato de Bolsonaro.
Em suma, as preferências eleitorais para 2026 parecem refletir não apenas questões políticas, mas também avaliações pessoais sobre os candidatos envolvidos.
A Segmentação por Regiões e Grupos Demográficos
Análises regionais indicam que Lula possui vantagem sobre Tarcísio no Nordeste, enquanto o governador de São Paulo lidera nas demais regiões do país. Além disso, a pesquisa revela uma divisão de gênero: mulheres tendem a preferir Lula, enquanto entre os homens há um empate técnico entre os dois candidatos.
Em relação à faixa etária, Lula aparece à frente de Tarcísio em todos os grupos, revelando uma preferência transversal pela figura do ex-presidente em diferentes idades. Já no recorte de renda, os mais ricos tendem a optar por Tarcísio, enquanto os mais pobres mostram preferência por Lula, indicando uma divisão socioeconômica nas escolhas eleitorais.
Essas segmentações por regiões e grupos demográficos evidenciam a complexidade do cenário político brasileiro e como as preferências eleitorais podem variar de acordo com diferentes variáveis sociodemográficas.
Reflexos nas Perspectivas para 2026
Diante das projeções apresentadas pela pesquisa, é possível vislumbrar um cenário eleitoral marcado por preferências distintas que refletem não apenas questões de política partidária, mas também de percepções públicas sobre os candidatos em disputa. A divisão de opiniões por gênero, faixa etária e renda revela uma pluralidade de vozes que moldam o panorama eleitoral.
À medida que o cenário político se desenvolve e novos fatores entram em jogo, é fundamental compreender como essas preferências eleitorais se desdobram e influenciam os rumos da democracia brasileira. A partir das tendências reveladas pela pesquisa, os próximos anos prometem ser marcados por debates acalorados e escolhas que moldarão o futuro do país.
As preferências eleitorais refletem não apenas a dinâmica política, mas também as percepções e valores de uma sociedade em constante transformação.
1. Preferências Eleitorais por Faixa Salarial
As preferências eleitorais para as eleições de 2026 revelam uma divisão significativa entre diferentes faixas salariais. Em relação aos salários mínimos, observamos que o ex-presidente Lula lidera com 58%, seguido por Tarcísio com 27%. Aqueles que optariam por votar em branco, nulo ou se absteriam representam 9% da amostra, enquanto 6% não souberam ou não responderam.
Nas faixas salariais de dois a cinco salários mínimos, a liderança de Lula se mantém, porém com uma redução para 45%, enquanto Tarcísio cresce para 42%. A parcela que optaria por votar de forma neutra permanece em 8%, e os que não souberam ou não responderam representam 5%.
Já entre aqueles que recebem mais de cinco salários mínimos, Tarcísio assume a dianteira com 50% das preferências, deixando Lula com 36%. Os eleitores que votariam de forma neutra permanecem em 8%, enquanto os indecisos totalizam 6%.
2. Preferências Eleitorais por Religião
A análise por grupos religiosos mostra uma tendência distinta nas escolhas eleitorais. Entre os católicos, Lula lidera com 54%, enquanto Tarcísio obtém 34% de apoio. A parcela que optaria por votar em branco, nulo ou se absteria representa 7%, e os indecisos correspondem a 5% da amostra.
Por outro lado, entre os evangélicos a preferência é clara por Tarcísio, com 50% de apoio, contra os 33% de Lula. Aqueles que votariam de forma neutra atingem 9%, enquanto os indecisos totalizam 8%.
3. Conhecimento sobre os Candidatos
O conhecimento prévio sobre Tarcísio impacta diretamente nas preferências eleitorais. Para os eleitores que conhecem o governador paulista, sua vantagem sobre Lula é evidente, com 50% de apoio contra 41%. Aqueles que optariam por votar de forma neutra representam 6%, enquanto os indecisos somam 3%.
Por outro lado, entre os eleitores que não conhecem Tarcísio, Lula se destaca com 55% das preferências, contra os 24% de Tarcísio. A parcela dos indecisos é mais expressiva nesse grupo, atingindo 11%, enquanto os que optariam por votar de forma neutra somam 10%.
Em um cenário eleitoral complexo e diversificado, as preferências dos eleitores refletem não apenas questões políticas, mas também variáveis socioeconômicas e culturais. A análise profunda desses dados se mostra essencial para compreender os rumos da democracia e as possíveis tendências nas próximas eleições.